A computação em nuvem surgiu como uma evolução dos modelos de computação tradicionais, como o uso de servidores locais. A ideia central da computação em nuvem é fornecer recursos de computação, armazenamento e aplicativos por meio da Internet, permitindo o acesso fácil e flexível a esses recursos, sob demanda.
Os primeiros conceitos relacionados à computação em nuvem começaram a surgir na década de 1960, com o desenvolvimento da ideia de "tempo compartilhado" nos mainframes. A ideia de tempo compartilhado na computação refere-se à capacidade de vários usuários utilizarem um único sistema de computador ao mesmo tempo, compartilhando os recursos disponíveis. Isso permitia que os usuários interagissem com o computador e executem programas de maneira concorrente.
Antes do conceito de tempo compartilhado, os computadores eram geralmente utilizados em um modelo conhecido como "processamento em lote" (batch processing). Nesse modelo, os usuários preparavam seus trabalhos (programas e dados) offline e os enviavam para execução em um computador central. O computador processava cada trabalho sequencialmente, sem interação direta com os usuários.
O tempo compartilhado foi viabilizado por meio do desenvolvimento de sistemas operacionais especialmente projetados, como o CTSS (Compatible Time-Sharing System) e o MULTICS (Multiplexed Information and Computing Service). Esses sistemas eram responsáveis por gerenciar a alocação de recursos e o tempo de processamento entre os usuários, garantindo uma experiência de compartilhamento de tempo justo e eficiente.
O conceito de tempo compartilhado foi um marco importante na evolução da computação, pois permitiu o aumento da produtividade e a democratização do acesso aos recursos computacionais. Ele pavimentou o caminho para o desenvolvimento posterior de tecnologias como a computação em nuvem, que possibilita o compartilhamento de recursos em escala global por meio da Internet.
O termo "computação em nuvem" foi cunhado apenas em 2006, quando a Amazon lançou sua plataforma de serviços em nuvem, a Amazon Web Services (AWS). A partir desse momento, outras empresas, como Microsoft, Google e IBM, também começaram a oferecer serviços em nuvem. A tecnologia e a infraestrutura subjacentes à computação em nuvem foram aprimoradas ao longo dos anos, com a melhoria da largura de banda da Internet, o aumento da capacidade de armazenamento e o desenvolvimento de tecnologias de virtualização.
Hoje, a computação em nuvem se tornou uma parte essencial da infraestrutura de TI de muitas empresas e organizações, oferecendo vantagens como escalabilidade, flexibilidade, economia de custos e maior eficiência operacional. Ela possibilita o acesso rápido a recursos computacionais, como servidores, armazenamento, bancos de dados e software, sem a necessidade de investimentos em infraestrutura física própria.
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